quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Venerável Madre Mariana

16 de Janeiro

Venerável Madre Mariana Francisca de Jesus Torres

Madre Mariana nasceu na Província de Viscaya, Espanha, no ano do Senhor de 1563. Filha de Diego Cadiz de Torres e de Dona Maria Berrichoa Alváro, estes batizaram sua filha primogênita colocando-lhe o nome de Mariana Francisca.
           A menina era o encanto de seus pais, pela rara formosura com que o Céu lhe havia presenteado e pela inteligência aguçada. Possuía doçura de caráter, e muita piedade.
          No ano de 1576, as principais famílias de Quito pediam ao Rei da Espanha, a fundação de um Mosteiro Concepcionista. Encantadas pelo amor que tinham à Maria Imaculada, ficaram desejosas de que nesta cidade se fundasse um Mosteiro de Religiosas que tanta glória dessem a Deus Nosso Senhor e bens imensos fizessem ao povo.próprio rei da Espanha mandou o grupo de fundadoras colocando à frente delas a Reverenda Madre Maria de Jesus Talvada, ilustre e cândida virgem que era também tia de Mariana. Esta inocente criatura ao saber que iria ser fundado na Colônia o Mosteiro Concepcionista, vítima dos incêndios de amor à Maria Santíssima no mistério de sua Imaculada Conceição, compreendeu ser esta a voz de seu Amado que a chamava.
         Poucos dias antes de despedir-se de seus bons pais, ao receber a Santa Comunhão, viu em sua alma ao Divino Jesus em Sua idade perfeita, que lhe dizia: “Esposa minha, já é tempo de dar um adeus eterno á tua pátria, á casa paterna e que Eu, cobiçando a tua formosura, te leve à Minha, onde sob fortes muralhas viverás longe do mundo, oculta e esquecida de toda criatura humana, sendo tua herança e patrimônio, á minha semelhança, a Cruz e os padecimentos. Força e valor não te faltarão, só quero tua vontade sempre pronta para fazer a minha.”
Mariana aceitou de Jesus Cristo tudo quanto lhe dava, e á sua semelhança, oferece-se em holocausto.
          No ano de 1576, as fundadoras chegavam a Quito. No grupo estavam cinco Irmãs, entre elas Madre Maria e sua sobrinha Mariana, que contava com apenas 13 anos.
         Desde o momento em que pôs os seus pés nesse bendito solo, redobrou seu fervor e começou uma vida angelical. Era modelo da mais perfeita observância, pois parecia um serafim que só se alimentava do amor Divino.
          Aos 17 anos professou, era o dia 04 de Outubro de 1579. Recebeu muitas graças extraordinárias, entre as quais, o dom da profecia. Como mestra de noviças, quando estas iam professar, a santa as preparava dirigindo-lhes práticas conforme o espírito de cada uma.
         Na véspera da profissão lhes comunicava tudo o que iriam passar segundo o caminho que Nosso Senhor lhes traçava. Avisava-lhes como e quando morreriam. Entre outras profecias, está a de nossa Santa Madre Beatriz seria canonizada no século XX. Exerceu o cargo de abadessa por vários anos, com virtudes exemplares.
 O abadessado de Madre Mariana de Jesus foi de paz, doçura e estrita observância, a Santíssima Virgem governava o seu espírito.
     
   A partir do primeiro dia do ano de 1635, Madre Mariana de Jesus Torres ficou muito debilitada, e piorava dia a dia.  Sofria diariamente prolongados desmaios, seu corpo tremia como um açoite, sentia muita fadiga, e as batidas do coração eram tão fortes que se ouviam de longe. A venerável já não podia mais levantar-se.
Amanheceu afinal o memorável dia 16 de Janeiro de 1635, Madre Mariana suplicou a Priora que chamasse seu diretor espiritual para que lhe desse os últimos sacramentos, pois ela morreria naquele dia.  Era seu confessor Padre Frei Francisco Angüita, um zeloso missionário franciscano. Nos instantes finais de sua vida disse ela a suas Irmãs de Comunidade e aos Frades Menores que estavam presentes: “Morro no seio da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, confessando e crendo todos os Mistérios, Verdades e Dogmas que Ela crê, confessa e manda. Morro também muito contente nos braços de minha Mãe, a Ordem Seráfica. Como último favor e caridade, peço aos Padres e à Comunidade que me concedam o consolo e incomparável ventura de morrer no chão, à imitação de meu seráfico Pai São Francisco”. E assim foi feito.
Depois de receber o Santíssimo Sacramento e Extrema Unção, tendo a sua volta toda a Comunidade e os padres, Madre Mariana leu o seu testamento, Madre Mariana entregou sua alma a Deus, em odor de santidade.  Extinguia-se na Terra uma lâmpada preciosa, para luzir com mais esplendor na Jerusalém Celeste. 





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